Como me sinto?
Roubada pelos anos, tapeada pelo o oculto da vida.
Não apenas a doença da alma nos faz prisioneiros,
Hoje sou prisioneira de meu corpo, que tem vida própria.
Por que apenas agora expor tudo isso? porque sangra aqui dentro.
Como é fácil criticar ao invés de entender, ou apenas parar para ouvir.
As vezes passamos a vida toda com mals ocultos sem saber.
Este mal não apenas me roubou forças, meu amor, amizades e o meu viver.
Como explicar alguém perfeito, que você tem algo de errado que nem você compreendi.
Quantas risadas, piadas sem graças e esse tal de sintomas assintomáticos.
Para alguns diversão para você grande tristeza, pois tudo é tão real.
Como explicar que não tem forças, para viver, sair, animo para curtir a vida.
E nestas baixas o tempo te mostrar pessoas compassíveis, amigos verdadeiros.
Alguns ficaram do teu lado, mesmo sem muito entender ou poder fazer.
Viram forças, palavras carinhosas de onde menos imaginar.
É tão complicado explicar, é doloroso cada dia, e a cada dia sua luta.
Te suga forças, extremo cansaço aterroriza a mente e você? chora, se escondi.
Ao meu ver nem é tanto a doença que dói.
Mas é ver a incompreensão de quem se ama, isso corroí,
O que cobrar, já é o bastante ele estar ali, até os laços se desfazerem.
Não tenho forças para gritar, e pedir para ficar, apenas chorar quando ninguém vê.
Mas o tempo trás remédio, paliativos para o corpo consolo talvez para alma.
Ficaram apenas os leais, os de coração aberto para amar não importe a dificuldade,
Lembra dos abraços apertados, era o meu remédio, meu consolo.
Se vão os lamentos mas fica a lição. Hoje sou mais forte que ontem.